Lista de obras literárias para o ensino médio 2013

Biblioteca Mario de Andrade
Biblioteca Mario de Andrade (Photo credit: Blog do Mílton Jung)

Andei às voltas com minha dissertação nos últimos meses e pouco tempo tive para lapidar uma lista “ideal” que há tempos vem me perseguindo nas minhas ideias, mas finalmente comecei a esboçá-la. O plano é criar blocos temáticos [literatura e ______ (relações de gênero/sexualidade, violência, drogas, amor, tecnologia, games, mitologia etc)] e escolher as obras adequadas a cada tema. Aí embaixo está um primeiro rascunho de lista, ainda sem nenhuma associação com temas. Não coloquei nada para os 3º anos porque costumo utilizar a lista de obras indicada par o vestibular local.

Aceito sugestões!

TÍTULO AUTOR SÉRIE
Édipo Rei Sófocles 1
Assassin’s Creed – Renascença Oliver Bowden 1
Billie Holiday Sylvia Fox 1
Maus Art Spiegelman 1
Caminhos errantes da liberdade Jorge Miguel 1
A revolução dos bichos George Orwell 1
Antologia poética Fernando Pessoa 1
Capão Pecado Ferréz 1
Comédias Martins Pena 2
Judas, O Obscuro Thomas Hardy 2
A metamorfose Franz Kafka 2
O Alienista Machado de Assis 2
Um jogador Dostoiévski 2
Admirável Mundo Novo Aldous Huxley 1
Paisagem com dromedário Carola Saavedra 2
O voo da guará vermelha Maria Valéria Rezende 1
O último amigo Tahar Bem Jelloun 2
Venho de um país obscuro Miguel Sanches Neto 2
Macunaíma Mário de Andrade 2

Os números de 2012

Os duendes de estatísticas do WordPress.com prepararam um relatório para o ano de 2012 deste blog.

Aqui está um resumo:

600 pessoas chegaram ao topo do Monte Everest em 2012. Este blog tem cerca de 6.100 visualizações em 2012. Se cada pessoa que chegou ao topo do Monte Everest visitasse este blog, levaria 10 anos para ter este tanto de visitação.

Clique aqui para ver o relatório completo

Cruz e Sousa, Simbolismo e hip-hop

A matéria para a prova, como já vimos em sala, é o Simbolismo, com especial atenção para a obra de Alphonsus de Guimaraens e Cruz e Sousa. Observem nos poemas da apostila a presença do cromatismo (uso de cores), das referências ao branco (e seus sinônimos) e a presença de temas místicos (a religiosidade, de modo geral). A música acima faz uma didática rememoração, usando uma base de rap, dos principais elementos formadores dessa poesia.

Abaixo está uma versão em vídeo de “Litania dos Pobres” (Cruz e Sousa) feita por alunos do Colégio Mauá (Santa Cruz do Sul, RS). Apesar do visual “caseiro” do clipe, eles conseguiram mostrar muito bem as possibilidades rítmicas que possui a poesia simbolista.

http://www.youtube.com/watch?v=pwA0yBMtJQQ

Art Spiegelman – Maus

 Encontrei na web os links para versões digitalizadas de “Maus” (Art Spiegelman), uma de nossas leituras deste trimestre. Vocês vão precisar de um programa específico para ler esse formato de arquivo (.cbr), mas não tem mistério, é só ir dando OK na instalação e tudo vai funcionar.

CBR Reader: http://www.cbrreader.com/cbrreader_setup.exe

Maus, Volume 1: http://www.4shared.com/file/x7KgMKkj/Maus_v1_PTBR.html

Maus, Volume 2: http://www.4shared.com/rar/Z5r8U1vA/Maus_v2_PTBRcbr.html

OBS.: O 4shared agora exige login para fazer qualquer download. Não é necessário criar uma conta, basta entrar com qualquer uma que vocês já tenham [Twitter, Facebook, Google etc] usando o formulário idêntico ao da figura abaixo.

Ignácio de Loyola Brandão – A anã pré-fabricada e seu pai, o ambicioso marretador

Era uma vez uma anã pré-fabricada. Tinha cinquenta centímetros de altura. Os pais eram pessoas normais. A anã era anã porque desde pequena o pai batia com a marreta na cabeça dela. Ele batia, e dizia: “Diminua, filhinha”. O sonho do pai era ter uma filha que trabalhasse no circo. E se ele conseguisse uma anã, o circo aceitaria.

Assim, a menina não cresceu. Tinha as pernas tortas, a cabeça plana como mesa, os olhos esbugalhados. Um globo, com as marretadas, chegara a sair. E deste modo o olho andava dependurado pelos nervos. Com o olho caído, a menina enxergava o chão – e enxergava bem. Por isso, nunca deu topadas.
A menina diminuiu, entrou para a escola, se diplomou. E o pai esperando que o circo viesse para a cidade. A anã teve poucos namorados na sua vida. Os moços da cidade não gostavam de sua cabeça plana como mesa. Um dos namorados foi um mudo; o outro, um cego.
Com o passar do tempo, o pai ia ensinando à filha anã os truques do circo: andar na corda bamba, atirar facas, equilibrar pratos na ponta de varas, equilibrar bolas, andar sobre roletes, fazer exercícios na barra, pular através de um arco de fogo, cair ao chão (fazendo graça) sem se machucar, ficar de pé no dorso de cavalos.
De vez em quando, o pai emprestava a filha ao padre, por causa da quermesse. Ela substituía o coelho nos jogos de sorteio. Havia uma porção de casinhas dispostas em círculo. Cada casinha tinha um número. A um sinal do quermesseiro, a menina corria e entrava na casinha. Quem tivesse aquele número ganhava a prenda. A anã não gostava da quermesse porque se cansava muito e também porque no dia seguinte ficava triste, com o pessoal que tinha perdido. Eles a seguiam pela rua, gritando: “Aí, baixinha,…, por que não entrou no meu número?”.
Um dia, o circo chegou à cidade, com lona colorida, um elefante inteirinho rosa, uma onça pintada, palhaços, cartazes e uma trapezista gorda que vivia caindo na rede. O pai mandou fazer para a anã um vestido de cetim vermelho, com cinto verde. Comprou um sapato preto e meias três-quartos. Levou a filha ao circo. Ela mostrou tudo o que sabia, mas o diretor disse que faziam aquilo: andavam no arame, na corda bamba, equilibravam coisas, pulavam através de arcos de fogo, andavam no dorso de cavalos. Só havia uma vaga, mas esta ele não queria dar para a menina, porque estava achando a anã muito bonitinha. Mas o pai insistiu e a anã também. Ela estava cansada da vida da cidadezinha, onde o povo só via televisão o tempo inteiro. E o dono do circo disse que o lugar era dela: a anã seria comida pelo leão, porque andava uma falta de carne tremenda. E, assim, no dia seguinte, às seis horas, a menina tomou banho, passou perfume Royal Briar, jantou, colocou seu vestido vermelho, de cinto verde, uma rosa na cabeça e partiu contente para o emprego.

IN: BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cabeças de segunda-feira. Rio de Janeiro: Editora Codecri, 1983.

Martins Pena – Um comediante do Romantismo

Lemos em sala de aula um trecho de “Os Dois ou O Inglês Maquinista“, comédia de costumes escrita por Martins Pena (1815-1848). Já que houve uma boa resposta com relação à peça, de comum acordo estabelecemos que uma das atividades avaliativas do semestre será a encenação de alguma peça [ou trecho dela, a depender do tamanho do texto] do mesmo autor. Selecionei 9 peças bem conhecidas [e muito divertidas] nas quais podemos trabalhar. Algumas delas não ultrapassam 8 páginas, então recomendo a leitura para quem quiser já ir pensando em possíveis papéis 😉

Roteiro para trabalho de Literatura sobre livros do vestibular

Autor: breve informação biográfica;
Contexto histórico da publicação: o que estava acontecendo na literatura, na arte e no mundo no momento da publicação do livro?
Contexto histórico do enredo: em que tempo a história ocorre? Há alguma relação entre esse tempo e o da publicação?
Enredo: quais os acontecimentos principais do livro em questão? De que modo esses acontecimentos desencadeiam as ações das personagens principais?
Linguagem: a linguagem é formal, coloquial, obscura, clara, simples, complexa? Percebe-se algum sotaque ou modalidade do Português? Isso parece intencional? As personagens se expressam de forma diferente com relação à linguagem?
Questões: elaborar duas questões [somatória], nos moldes da UFSC, sobre o livro. Cada questão deve ter 6 alternativas. Elas devem contemplar tanto questões do enredo quanto de linguagem.

Livros Paradidáticos 2012

Para os perdidos que me perguntam toda semana quais os livros que leremos em 2012 [mesmo tendo recebido um papel com a lista para colar na agenda, veja bem…], segue abaixo a relação das obras que utilizaremos ao longo do ano letivo.

Boa leitura!

1º ANO

1º trimestre

2º trimestre

3º trimestre

2º ANO

1º trimestre

2º trimestre

3º trimestre

  • Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (Mia Couto)

Edmodo, Feeds RSS e outros bichos

Neste ano iniciaremos em nossa disciplina o uso do Edmodo para a postagem de trabalhos. O visual é bem parecido com o do Facebook, ou seja, é bastante intuitivo e bem simples de acompanhar. As instruções para cadastro e os códigos de grupo [necessários no cadastro] estão neste link.

Outra coisa legal para quem tem que acompanhar vários blogs ao mesmo tempo [que é o caso de vocês com os blogs dos professores] é usar feeds RSS. O que é? Como funciona? O que ganho com isso? Tudo está respondido neste link.